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Gênero, raça, idade e escolaridade: o perfil do empreendedor informal no Brasil

  • 26/06/2025


    Gênero, raça, idade e escolaridade: o perfil do empreendedor informal no Brasil

     

    Cerca de 20 milhões de pessoas vivem do empreendedorismo informal no Brasil, revela levantamento do Sebrae. O volume de empresários sem Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) chega a 66% do universo de empreendedores do Brasil, atualmente em 30,4 milhões.

    A pesquisa revela que houve uma queda de 5,5% no empreendedorismo informal entre 2015 e 2024. No período analisado, os donos de negócios formais registraram um aumento de 2,8 milhões.

    A pesquisa “Empreendedorismo Informal sob a ótica da PNAD Contínua” explorou as informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no recorte que compreende o 4º trimestre de 2015 ao 4º trimestre de 2024.

    Perfil: gênero, raça, idade e escolaridade

    Embora os homens sigam como maioria entre os empreendedores informais, somando 66,4% desse grupo, a participação feminina avançou 3 pontos percentuais no último trimestre de 2024 na comparação com o 4º trimestre de 2015. “A informalidade é um assunto que está relacionado a pessoas que estão empreendendo, que estão trabalhando, que estão fazendo a economia girar de uma comunidade, de um bairro, de uma cidade. São pessoas que lutam, que acordam cedo todos os dias, que só querem garantir o próprio sustento”, afirma Décio Lima, presidente do Sebrae.

    Formais e informais impulsionam a economia. Por isso, é importante destacar que a informalidade não pode ser tratada com preconceito. O papel do Estado é essencial para fomentar e proteger. Para se ter uma ideia, uma vez formalizado, o empreendedor consegue aumentar seu faturamento em até 25%.

    Décio Lima, presidente do Sebrae.

    Ao analisar os dados por raça, o estudo mostra que os negros (pretos e pardos) continuam a representar a maioria entre os empreendedores informais no Brasil – 60,1%, enquanto 38,8% são brancos. A situação se inverte no empreendedorismo formal, em que apenas 38,3% do público é composto por negros, mesmo com um aumento de cerca de 7 pontos percentuais nos últimos anos.

    No quesito idade, a constatação da pesquisa é que a maior fatia de informais está na faixa de 30 a 49 anos, que concentra mais de 46% dos empreendedores. Além disso, houve um aumento de jovens informais (até 24 anos), chegando a uma taxa de 8,3%, número mais expressivo se comparado aos empreendedores formais (4,3%).

    Outro dado relevante é que, no período avaliado, 44,5% dos empreendedores formais possuíam Ensino Superior Incompleto ou Mais, uma diferença alta em relação aos 16,2% de empreendedores informais. Porém, há um movimento de melhoria da escolaridade, com um aumento de 7 p.p na faixa de ensino superior incompleto ou mais e 10 p.p no ensino médio completo.

    Fonte: Agência Sebrae


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